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Geral

Sesau: mais de 65% dos casos de violência contra a mulher ocorreram nas casas das vítimas

29/08/2024 às 07h32

Mais de 66% dos casos de violência em Alagoas aconteceram na própria residência das mulheres. É o que apontam os dados divulgados nesta quarta-feira (28), pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), por meio de Boletim Epidemiológico, que é produzido pela Gerência de Vigilância e Controle dos Agravos Não Transmissíveis.

De acordo com o levantamento, a violência sexual é a que mais acomete crianças e adolescentes do sexo feminino. Já a violência física é a que mais afeta mulheres adultas e idosas.

 

 

"No período de 2019 a 2023, a pesquisa aponta que 76,5% dos casos de violência relacionada às mulheres atingiram as pretas e pardas; e que 12,2% das vítimas possuíam alguma deficiência. Também é pontuado, no Boletim Epidemiológico, que 36% dos homicídios de meninas e mulheres foram tipificados como feminicídio pela Secretaria de Segurança Pública (SSP)", informou o órgão.

Diante do resultado do boletim, a gerente de Vigilância e Controle dos Agravos Não Transmissíveis da Sesau, a assistente social Rita Murta, destacou que os casos de violência contra meninas e mulheres, na maioria das vezes, ocorrem de forma velada e silenciosa.

“Dizemos que é um agravo muito silencioso e, muitas vezes, invisível, justamente por ocorrerem no âmbito do domicílio, de uma forma repetitiva, afetando não só a saúde física, como também a saúde mental das vítimas”, enfatizou ela.

Para atender as mulheres, a Sesau conta com a Rede de Atenção às Violência (RAV), com uma equipe multiprofissional formada por psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros, ginecologistas, pediatras, médicos peritos e policiais civis.

A RAV funciona todos os dias da semana, em quatro unidades vinculadas ao órgão. São disponibilizados serviços de profilaxia das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), anticoncepção de emergência, coleta de vestígio, aborto previsto em lei, exames laboratoriais, assessoria jurídica, grupos de apoio e acompanhamento médico e psicossocial, por até seis meses após a violência.

 

Em Maceió, o serviço está disponível no Hospital da Mulher (HM), no bairro Poço, além do Hospital Geral do Estado (HGE), no bairro Trapiche da Barra, que acolhe pacientes do sexo feminino de até 12 anos.

Já no interior de Alagoas, o atendimento ocorre no Hospital Ib Gatto Falcão, em Rio Largo, sem distinção de idade.

Em Arapiraca, no Hospital de Emergência do Agreste (HEA), o acolhimento é voltado às mulheres que residem nos 46 municípios do Agreste, Sertão e Baixo São Francisco, que integram a II Macrorregião de Saúde.

*com informações da assessoria.

 
 
 
fonte: gazetaweb